domingo, 26 de abril de 2015

Divertimento dominical

Resposta da Esquerda Marxista ao Valter Pomar. Aos sinceros e politicamente honestos militantes do PT, os convido a refletir a partir da realidade da luta de classes sobre os próximos passos a serem dados e o significado do PT na atualidade, e, com isso, a se somar junto conosco para construir uma frente de esquerda com um programa pela revolução comunista. Essa atitude demonstrará o salto de qualidade da consciência de classe ao romper um partido que há anos exerce uma polít...
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Valter Pomar escreveu em seu blog no dia 16/04 (veja aqui) uma crítica à posição adotada pelo Comitê Central da Esquerda Marxista de propor à sua Conferência a...
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  • Luiz Fernando Ramos Lemos Continua no PT, lutando pelo socialismo em meio uma grande crise de divisão da esquerda e saturação do andar do PT fazendo a mesma luta que vocês fazem.
  • Alexandre T Mandl Nos encontraremos na luta de classes, e, sendo coerentes, estaremos lado a lado... Abração
  • Luiz Fernando Ramos Lemos Não tem porque romper com o PT, ainda mais da minha parte. Se uma parte considerável do movimento sindical romper com o PT e tivermos outra referencia para além do PT na vastidão do país onde a maior parte da esquerda nem chega perto eu saio do PT. Não é eu que vou salvar a esquerda, nem uma saída em massa dos quadros socialistas do PT.
  • Luiz Fernando Ramos Lemos A verdade é que o PT vai muito bem, com muitos problemas mas a direção vai continuar sendo um partido bem poderoso. Quem fracassou fomos nós os socialistas. Em disputar o PT e, no caso de outra estratégia, de construir uma alternativa ao PT.
  • Luiz Fernando Ramos Lemos É uma ilusão pensar que a saída daqueles que tem sua atução mais coerente com a ideologia muda o cenário, e muda que o ataque ao PT é um ataque a toda esquerda.
  • Luiz Fernando Ramos Lemos Para além disso um outro desafio é unificar a esquerda fora do PT que ao que tenho visto tem saído inclusive no tapa, como a FIP e o PSTU.
  • Luiz Fernando Ramos Lemos Enfim os desafios são enormes com a queda do PT e mesmo que por uma graça divina todos os dirigentes sindicais pelegos façam uma viagem pra algum lugar distante e o sindicalismo vai demorar muito tempo pra ser combativo tendo que se superar praticamente todos os problemas que temos no PT e mais alguns como a unidade.
  • Luiz Fernando Ramos Lemos Ainda vários movimentos de esquerda se focam em construção de atos apenas, e não tem nenhuma relação com o mundo do trabalho e isso é o que vem matando a esquerda, o afastamento do trabalhador e isso não é só culpa do PT pois tinhamos muitos destes problemas antes. Fora que a estratégia de focar em atos de outros grupos não tem muito futuro, pq afinal se ato resolvesse a Dilma tinha caído.
  • Luiz Fernando Ramos Lemos Enfim desculpe a verborragia mas lhe devia essa resposta, inclusive de forma mais elaborada, então já deixo pública aqui. Seguimo na amizade e luta.
  • Paulo Sergio Pereira O pt tem q tomar posiçao ou e do lado da classe trabalhadora, ou dos empresarios e nao deixar que eles ditem as regras, somos a maioria
  • Alexandre T Mandl Estaremos juntos Luiz Fernando Ramos Lemos. E acho que vc pode ajudar a impulsionar a frente e o manifesto...
  • Alexandre T Mandl Discordo de sua análise... Mas o dever é de estar ao lado da classe... E aí a nossa avaliação, de que o PT não está mais, ao se analisar seu aspecto mais geral e decisivo... É triste, mas completou-se um ciclo...
  • Luiz Fernando Ramos Lemos Completouse um ciclo de uma forma do PT fazer política, isso não quer dizer que o partido não possa mudar de direção, afinal a mim é um contra senso que a esqueda do PT consiga levar a base petista para fora do PT e construir algo novo mas não tenha capacidade de mudar os rumos do partido, o outro caminho tem no mínimo um passo a mais.
  • Virgens Kamikazes É a Esquerda Marxista que falta com o materialismo histórico. Em primeiro lugar, não existe a possibilidade real do socialismo no Brasil no curto prazo: o debate tático atual é entre desenvolvimento capitalista democrático e desenvolvimento capitalista...Ver mais
  • Alexandre T Mandl Compa, aqui a discussão é respeitosa e de "cara limpa". Identifique-se e seguimos o debate sério, se quiser...
  • Luciano Trinta Horas Rodrigues Tenho imenso respeito pelo Valter Pomar, mas quem perdeu a consciência de classe foram os donos do PT, e isso nos joga fora do partido.Discursos surdos era oq eu fazia, era tratado como inimigo e outros de partidos como DEM eram tratados de aliados.Car...Ver mais
  • Amanda Cotrim Legal a ideia, Alexandre T Mandl. Tomara que essa frente se preocupe mais em investir em base e menos em disputar eleição. Teve um amigo que escreveu uma coisa que faz sentido. Nos EUA ocorre como aqui. O adversário político é chamado de comunista, de ...Ver mais
  • Alexandre T Mandl Valter Pomar, li atentamente seu texto e lamento profundamente seu "descuido" em não tratar a questão central que nos fez tomar a decisão de sair do PT. Diferentemente de 2003 (como vc fez tanta referência), de 2013 para cá e isso ficou muito evidente, apesar da vitória eleitoral da Dilma em 2014, as massas (classe trabalhadora e juventude) não mais se referenciaram no PT para combater por suas reivindicações. Ou seja, em nossa avaliação (e vc, claro, pode discordar), a tendência prevalecente é de que num momento de acirramento da luta de classes, como estamos vendo e que deverá aumentar, as massas estão passando por fora do PT, em processo similar ao que está ocorrendo na grécia, espanha, frança (e vc nada fala disso!!!) e, mais, com ataques frontais vindo diretamente do próprio governo federal, que, parece, mesmo que formalmente, é governado pelo PT. Assim, a questão não é o "número de traições feitas" ou o "significado de um governo de colaboração de classes" (que avaliamos desde 2002), mas da avaliação de que o movimento de massas não passará por dentro do PT. E por que agora? Se você tivesse lido nossas resoluções públicas de nossos dois últimos congressos e nossas duas últimas conferências iria verificar que já havíamos sinalizado isso, em especial em março/2013, antes das "manifestações de junho", de que não estava ocorrendo um fluxo das lutas por dentro do PT e que uma nova situação política se avizanhava, com uma repulsa generalizada da classe trabalhadora e da juventude contra o PT. E aqui um detalhe. Diferentemente do que vc tenta dizer, esta repulsa não é da "direita" ou criada pela "direita", mas, concretamente, com os ataques vindos do PT. Por conseguinte, como historiador que é, vc sabe que não faz sentido aos militantes que praticam a tática do entrismo continuar dentro do partido. A decisão, portanto, longe de ser oportunista, ou de estarmos "cansados", é, ao contrário, entusiasmadora, instigante, desafiadora, extremamente difícil depois de 35 anos (se fosse por acomodação seria muito mais fácil ficar no PT) e que somente reforça o ânimo de seguir o combate que, coerentemente, temos levado em nossa organização desde sua fundação, aglutinando, crescentemente nossos contatos. Entendemos que cumprimos nossa tarefa por dentro do PT e seguiremos adiante. O PT continuará sua existindo, com militantes honestos politicamente, com quem seguiremos nosso fraterno e respeitoso diálogo. A direção do PT tem se mostrado incapaz de reagir contra os ataques sofridos, e, acuada, somente aceita o jogo da colaboração de classes, refém da burguesia que irá fazê-la sangrar, pautando todos os aspectos historicamente conquistados pela classe trabalhadora. Que fazer? Temos senso de proporção e não somos autoproclamatórios. Nossa tarefa será contribuir para reorganização da classe trabalhadora e da juventude, entendendo que passa pela consolidação de uma frente com um programa que unifique. Assim batalharemos. Aos que quiserem se somar, serão muito bem-vindos. Quanto à AE, que possuo respeito, com muitos amigos, inclusive, somente me preocupa que se mostra cada vez mais engolida, acuada e sem forças de reagir. Então, como dissemos, fica Valter... fica... até quando mesmo?
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  • Valter Pomar Alexandre T Mandl oi Alexandre, tudo bem? Grato por ter lido e por ter criticado meu texto. Não acho que tenha havido "descuido" da minha parte. Acontece que, na minha opinião, o texto do "Riobaldo" não explica a tal "questão central" que levou voces a decisão de sair do PT neste momento. Diferente da tua mensagem, que explica didaticamente os motivos.
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  • Valter Pomar Alexandre T Mandl Na tua mensagem, voce diz o seguinte: "diferentemente de 2003 (como vc fez tanta referência), de 2013 para cá e isso ficou muito evidente, apesar da vitória eleitoral da Dilma em 2014, as massas (classe trabalhadora e juventude) não mais se referenciaram no PT para combater por suas reivindicações". Veja, Alexandre, eu fiz tanta referência a 2003 porque na minha opinião os motivos que o Riobaldo apresenta valeriam também para 2003. Quanto a diferença que voce aponta, entre 2003 e 2013, acho que voce está equivocado duplamente. O primeiro equívoco é digamos sociológico, o segundo é digamos histórico.
  • Valter Pomar Alexandre T Mandl O equívoco sociológico é adotar categorias genéricas: "massas", "classe trabalhadora", "juventude". Na realidade, as massas se comportam de diferentes maneiras, na classe trabalhadora e na juventude há diferentes frações. Ao não atentar para esta complexidade, voce toma a nuvem por Juno. Por exemplo: os setores da massa, da classe e da juventude que votaram em Dilma o fizeram por causa de suas reinvindicações. Não votaram em Dilma "apesar" das reinvidicações, votaram em Dilma por causa das reinvidicações. Ao mesmo temo, outros setores da massa, da classe e da juventude votaram em outras candidaturas.
  • Valter Pomar Alexandre T Mandl Desde 2003 setores crescentes da massa, da classe e da juventude vem se distanciando do PT, ao mesmo temo que outros setores se aproximaram. Deste ponto de vista, 2015 é sem dúvida um ponto especial: o número dos que são críticos ao PT é significativamente maior do que o número dos que são a favor. Mas qual o conteúdo deste distanciamento? Todos os que se afastam o fazem pela esquerda? Ou a maioria dos que são críticos o fazem sob hegemonia da direita? Este detalhe -- que uma análise histórica deveria precisar -- não é adequadamente considerado por voce. E ele tem toda a importância, pois uma coisa é acompanhar a corrente principal da clase QUANDO ELA VAI PARA A ESQUERDA, outra coisa é acompanhar a corrente principal da classe QUANDO ELA VAI PARA A DIREITA. Para te dar um exemplo que certamente voce conhece, a corrente principal da classe trabalhadora alemã em 1914 foi apoiar a guerra. Quem acompanhou este movimento capitulou. Mas, que lindo, estava com a maior parte da classe...
  • Valter Pomar Alexandre T Mandl Portanto, Alexandre, quando voce diz que "a tendência prevalecente é de que num momento de acirramento da luta de classes, como estamos vendo e que deverá aumentar, as massas estão passando por fora do PT", o teu erro consiste em não perceber qual o conteúdo político das coisas. Uma parte das massas está pela esquerda, outra parte está pela direita. Grande parte da base popular do PT está pela esquerda. Vide o comportamento da CUT. Esta parte da classe, mesmo quando critica as posições "oficiais" do PT e do governo, não pretende destruir o PT e percebe que, com todas suas contradições, limitações e erros, a existência do PT é positiva para a luta da classe trabalhadora. Já voces, da EM, cairam no oposto: passaram a considerar o PT como integrante do campo inimigo. E, ao agir assim e se não voltarem atrás, voces terão passado para o lado do inimigo.
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  • Valter Pomar Alexandre T Mandl Voce não percebe isto, porque acredita que está acontecendo no Brasil um "processo similar ao que está ocorrendo na grécia, espanha, frança". E ainda me critica dizendo que eu nada falo disso. Bom, eu nada falo disso porque eu não acho que os acontecimentos brasileiros tenham ESTA relação com os acontecimentos europeus. Por sinal, voce também não "fala nada" dos acontecimentos aqui na vizinhança, como na Venezuela e na Argentina.
  • Valter Pomar Alexandre T Mandl Por exemplo, voce fala dos "ataques frontais vindo diretamente do próprio governo federal, que, parece, mesmo que formalmente, é governado pelo PT". Mas como se encaixam neste raciocínio os ataques frontais vindos do Congresso, onde a direita ataca e derrota o PT? Como fica o PL 4330, a maioridade penal, os ataques contra a Petrobrás, o distritão?? A luta de classes no Brasil não se limita ao governo do PT versus a classe. A luta de classes no Brasil inclui o grande capital, o oligopólio da mídia, a direita tucana. E esta gente está contra o PT. Detalhe que voce não leva em conta.
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  • Valter Pomar Alexandre T Mandl Por isto, quando voce insiste que o motivo da saída agora é porque AGORA, na avaliação de voces, o "movimento de massas não passará por dentro do PT", minha resposta é: faz tempo que uma parte do movimento de massas ganhou certa distância do PT. A diferença ESPECÍFICA deste momento é que cresceu o setor das massas hegemonizada pela direita. E voces ESCOLHERAM se distanciar do PT neste momento. Motivo pelo qual eu acho que voces estão capitulando à pressão da direita, não acompanhando o movimento da esquerda.
  • Valter Pomar Alexandre T Mandl Peço desculpas por não ter lido as resoluções de seus últimos congressos e conferências. Peço que voce me envie.
  • Valter Pomar Alexandre T MandlAgora, eu li a reflexão feita por um militante da EM acerca da onda conservadora. Se entendi direito o texto do Caio Dezorzi, ele acredita que não existe uma onda conservadora. O texto do Caio a que me refiro é este aqui: http://www.marxismo.org.br/.../nao-existe-onda... Este texto é um bom exemplo do fosso imenso que existe entre nós, no que toca a análise concreta da situação concreta, a análise concreta da luta de classes no Brasil e, portanto, a análise dos riscos que corremos e das tarefas que temos.
  • Valter Pomar Alexandre T Mandl Voce diz que, analisando 2013, voces concluíram que "não estava ocorrendo um fluxo das lutas por dentro do PT e que uma nova situação política se avizanhava, com uma repulsa generalizada da classe trabalhadora e da juventude contra o PT". A esta conclusão nós já havíamos chegado há mais tempo. Mas qual a conclusão que voces tiram desta conclusão? Aí caímos de volta no fosso a que fiz referência: como voces não percebem as diferenças no interior da classe trabalhadora, da juventude, das massas, voces tomam a nuvem por Juno, voces acham que estamos perto de um momento em que o PT possa ser ultrapassado pela esquerda. Quando na verdade estamos perto de um momento em que o PT e toda a esquerda pode ser esmagada pela direita.
  • Valter Pomar Alexandre T Mandl Portanto, não é um detalhe, é uma profunda diferença que existe entre nós. Eu não acho que toda a "repulsa" é causada pela direita ou provocada pela influência da direita. Eu acho que existem pelo menos duas variáveis envolvidas. Existe uma crítica de esquerda e existe uma crítica de direita. O que eu digo é que NESTE MOMENTO existe uma hegemonia e esta hegemonia é de direita.
  • Vinícius Dantas Em primeiro lugar, é preciso ter em conta que os mesmos setores que hoje são contrários ao PT, já foram favoráveis no passado. Muitos dos que estão votando em outros partidos votaram no PT em 2003. Em segundo lugar, novamente olhando para a história recente na Europa, os mesmo que votaram no PSOE, porque esse usava um discurso mais a esquerda que o PP, depois abandonaram o PSOE para votar no PP, após o PSOE aplicar a mesma política que afirmava ser uma alternativa. Depois de verem que a direita era ainda pior, não retornaram ao PSOE, mas começaram a buscar outras alternativas. 
    O que vc não leva em consideração, é que esse movimento de direita de que vc fala é filho da política de conciliação do PT, que fez com que aqueles que um dia o apoiaram se virassem contra ele ao perceber que ele, o PT, aplicava a mesma política de seu adversário. É um equivoco dizer que esse movimento é de direita, ele está sendo canalizado pela direita, mas o seu cerne é a indignação com a traição do PT. Pode ser que ele leve a vitória da direita em 2018, mas logo verá que a direita também não atende às suas reivindicações. Quando isso acontecer, irá buscar alternativas ao bi-partidarismo e acho que a EM está correta em se diferenciar do PT e preparar o terreno para esse momento. Ficar na esperança de que será possível reverter o desgaste do PT, apesar de todas as manobras anti-democráticas de sua direção, é pedir para afundar junto com o barco. Vá ver o que os trabalhadores que enxem as ruas da Espanha hoje, e mesmo antes do podemos, acha e faz com defensores do PSOE lá na Espanha. 
    Finalmente, vc se pauta nas eleições de 2014 para dizer que um setor das massas apoia o PT, mas isso foi antes da maior de todas as traições do governo Dilma, que desmoralizou toda a esquerda que defendeu sua eleição. Agora, se a direita quisesse mesmo que o governo Dilma saísse, certamente não haveria quem o defendesse. Como disse Guilherme Boulos, esse governo se tornou idefensável. A grande questão é que a direita não quer que Dilma saia do poder. Um governo como esse, que é de esquerda só na lábia, é capaz de ir muito mais além no desmonte do Estado do que um de direita, e é isso que estamos vendo. Essa pressão toda da direita é só para grantir que o governo cumprirá toda a agenda do capital, que irá prostar-se de joelho. E é de fato o que o PT tem feito, se prostrado de joelhos para o grande capital, entregando a articulação do governo para o mesmo partido que vc diz ser a oposição de direita no parlamento, mas que faz parte da base aliada. Partido esse burguês. Ou seja, o PT é de esquerda de mentirinha, e existe todo um teatro da direita e da grande mídia para legitimar essa farsa. Mas a classe trabalhadora não é boba de cair nessa falsa polarização que imobiliza a classe.
  • Valter Pomar Alexandre T Mandl A parte mais interessante do teu texto, contudo, vem no "por conseguinte", quando voce diz que "não faz sentido aos militantes que praticam a tática do entrismo continuar dentro do partido". Aqui está algo muito importante: voces não são petistas, voces fazem ENTRISMO no PT. E quando o PT deixa de ser um bom instrumento para entrar em contato com as massas, voces saem do PT. No meu léxico, isto é oportunismo.
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  • Valter Pomar Alexandre T Mandl É importante que voce tenha dito claramente que voces praticavam ENTRISMO, eram portanto "partido dentro do Partido". Assim, alguns jovens militantes que ficam penalizados pela saída de voces vão poder avaliar melhor vossa atitude.
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  • Valter Pomar Alexandre T Mandl Agora, me diga, voce acha mesmo que "se fosse por acomodação seria muito mais fácil ficar no PT"? Não sei em que meios voce anda, mas por onde ando e trabalho é muito difícil defender o PT. Aliás, meu caro, é sintomático que voces estejam saindo ao mesmo tempo que a Marta Suplicy. Isto diz muito acerca do significado político da atitude de voces.
  • Vinícius Dantas Isso não é oportunismo, partido não é time de futebol e nem um fim em si mesmo. O fim é o socialismo. Se o partido deixa de ser uma ferramenta para esse fim, não serve mais de nada. Aliás, era o próprio Lula que dizia que partido serve para mudar a sociedade, mas isso já faz muito tempo. Agora, tem aqueles que abandonaram a luta pelo socialismo, pra esses, é melhor tratar partido como time de futebol.
  • Vinícius Dantas Com isso concordo, o PT é indefensável hoje em dia.
  • Vinícius Dantas E vc sabe que comporar com Marta Suplicy é um argumento sujo e desonesto de quem está desesperado,
  • Valter Pomar Alexandre T Mandl Cômodo é achar que "o PT continuará existindo", como se não houvesse um setor da direita disposto a liquidar o PT neste exato momento. Da minha parte, acho que estamos num momento histórico em que todas as possibilidades estão abertas, desde sermos globalmente derrotados passando pela que voce aponta: a de nossa posição ficar "cada vez mais engolida, acuada e sem forças de reagir". Tenho consciência, ademais, de que derrotas históricas, derrotas estratégicas existem, fazem parte. Mas aí há duas diferenças básicas entre nós. A primeira é que não somos ENTRISTAS. Não estamos no PT de passagem. Fazemos parte desta experiência histórica de uma parte importante da classe trabalhadora trabalhadora. Portanto, não podemos nos "dissociar" desta experiência como voces tentam fazer. A segunda diferença básica entre nós é que nós somos tentamos ser marxistas e por isto não abrimos mão de analisar a luta de classes real e concreta. E a luta de classes real e concreta nos diz que a derrota do PT, neste contexto histórico, provocará uma regressão brutal. Motivo pelo qual vamos fazer tudo que estiver ao nosso alcance para evitar a derrota. Inclusive combater abertamente as ideias daqueles que agem como se já tivéssemos sido derrotados.

  • Valter Pomar Vinicius Dantas, não estou comparando, estou apenas chamando a atenção para uma coincidência: a EM sai do PT quando a Marta Suplicy também está saindo. A pergunta é: qual a relação entre uma coisa e outra?
  • Vinícius Dantas Não acredito que a EM (nem o PSOL e outras organizações de esquerda) não seria contra qualquer medida que visasse colocar o PT na ilegalidade. Como vc mesmo disse, isso não é uma questão que diz respeito somente ao PT. 
    Mas é preciso dizer, os que mais
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  • Vinícius Dantas Não há relação, a Marta é oportunista e quer cargos mais importantes, quer ser o centro das atenções dentro do PT e não consegue. Os motivos da EM são bem diferentes.
  • Valter Pomar Vinicius Dantas, exato: partido não é time de futebol. Um trabalhador e um capitalista podem torcer pelo mesmo time de futebol. Mas não devem apoiar o mesmo partido.
  • Valter Pomar Vinicius Dantas E de fato partido não é um fim em si mesmo. Mas atenção: para escolher um partido não é suficiente definir que "o fim é o socialismo". Tem vários partidos que tem este objetivo e ele em si não define nada. Portanto, o tema é político: como definir "se o partido deixa de ser uma ferramenta para esse fim". Aí a discussão fica mais complexa. E meu ponto é exatamente este: neste momento, a quem serve, a quem beneficia destruir o PT?
  • Vinícius Dantas Sim, verdade. Para servir à classe é preciso manter a independência de classe. O que temos hoje é que parte da burguesia torce para o PT, uma vez que o PT, ao conquistar o poder, o devolve para a burguesia.
  • Valter Pomar Vinicius Dantas em que país voce vive? Voce acha mesmo que hoje "parte da burguesia torce para o PT"? Voce acha mesmo que o PT "conquistou o poder"?
  • Vinícius Dantas Sem dúvida a destruição do PT não favorece à classe. Porém, a perspectiva é a de que ela é inevitável, não por causa da oposição, mas dos inimigos internos que dirigem o partido e não abrem mão.
  • Vinícius Dantas Uma parte da burguesia faz parte do governo do PT!!! Em que país vc vive??
  • Vinícius Dantas Ou vai dizer que PMDB é de esquerda.
  • Vinícius Dantas E sim, o pSDB não conseguira fazer metade do que o PT vem fazendo. Fatiando e vendendo a Petrobrás e o petróleo, dentre outras coisas...[
  • Valter Pomar Vinícius Dantas voce cita a Espanha. Gozado, é o mesmo tipo de citação que era feita por setores da direita do PT. Tomavam a social-democracia europeia como exemplo. E aí vem alguém de esquerda e toma a social-democracia europeia como contra-exemplo. Na minha opinião, ambas atitudes estão metodologicamente erradas. Diferente da Europa, aqui no Brasil não há espaço para uma social-democracia adepta do bem-estar social etc . Por isto, olhemos mais para os exemplos históricos brasileiros e latino-americanos. E o que estes exemplos demosntram é que a burguesia não tolera nem mesmo governos reformistas burugueses, como Vargas e Goulart.
  • Valter Pomar Vinicius Dantas, claro é mais cômodo dizer que destruição do PT é inevitável. Quem pensa assim lava as mãos e fica assistindo a tragédia.
  • Valter Pomar Vinicius Dantas, acho que voce não entendeu o ponto. A maior parte da burguesia quer destruir o PT. Não quer conviver com o PT. E mesmo o setor da burguesia que está no governo Dilma não quer cooperar com o PT, quer destruir o PT. Portanto, quando voce diz que parte da burguesia torce para o PT, voce está equivocado.
  • Valter Pomar Vinicius Dantas o PMDB é de centro-direita e expressa os interesses de uma fração da burguesia. E majoritariamente o PT quer esmagar o PT.
  • Vinícius Dantas Sim, isso é verdade. Olhemos então para a história da América Latina. O destino de quem governa com a burguesia é o mesmo de Goulart, Allende, etc. Só que nós não queremos pagar o preço de outra ditadura como o PT quer pagar. A única solução para isso é mobilizar as ruas contra a burguesia e ir pra cima de maneira decisiva. Coisa que o PT não fez quando podia.
  • Valter Pomar Vinicius Dantas o problema é que voce acha que o PT é pior do que o PSDB. O que eu não consigo entender é como voce concilia isto com a frase também tua, segundo a qual a destruição do PT não é boa para a classe. Ou uma ou outra frase são mentirosas.
  • Vinícius Dantas Eu não acho o PT pior que o PSDB. Acho que no atual momento, a burguesia não pode conseguir tudo que necessita em um governo burguês puro. A classe não aceita. Mas vc está certo em que a burguesia quer destruir o PT, e está fazendo isso. E o que o PT tem feito pra evitar? Nada. Como ter esperanças então?
  • Valter Pomar Vinicius Dantas já que voce concorda que a burguesia não aceita nem mesmo um governo reformista como Goulart ou um caminho chileno para o Socialismo como pretendia Allende, então analise mais um pouco qual foi a atitude da esquerda em 64 e em 73. Voce verá que havia tanto um setor de direita, conciliatório com a direita e com o capital; quanto havia um setor de ultra-esquerda que tratava os governos reformistas como inimigos principais e achava possível resistir à direita SEM o governo e CONTRA o governo.

  • Valter Pomar Vinicius Dantas como ter esperanças? A primeira receita é não depositar as esperanças nos outros, mas nas próprias forças. Se uma parte da direção do PT está agindo errado, vamos demonstrar isto e derrotar esta parte. Só não vamos jogar a criança fora junto com a água suja.
  • Vinícius Dantas Por outro lado, por exemplo, no Chile, havia a população nas ruas pedindo armas e um governo tão adaptado a lógica capitalista que achava que resolveria o problema se ajoelhando às elites. Mas isso não foi suficiente e veio o golpe. O PT está fazendo o mesmo. Ou seja, o PT desmoraliza a esquerda e se ajoelha a direita para que ela venha e destrua tudo, o PT e a nossa débil democracia.
  • Valter Pomar Vinicius vou ter que interromper o diálogo, volto a ele depois, abraços.
  • Vinícius Dantas Mas há quanto tempo se vem tentando fazer isso? E quantas vezes a direção não se utilizou de manobras para impedir qualquer mudança? Convenhamos que não é de hoje que se vem avisando qual é a consequência de se aliar com os inimigos de classe.
  • Vinícius Dantas Ok, nos falamos mais tarde. Abraços
  • Valter Pomar Vinicius Dantas, desculpe a demora em voltar à nossa conversa. Minha opinião sobre o Chile é diferente da tua. Não havia uma "população nas ruas pedindo armas". A população no Chile como em todo país era composta por diferentes classes sociais e fraçõe...Ver mais
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  • Caio Dezorzi O texto de minha autoria que o Valter Pomar menciona nos seus comentários, pode ser lido aqui: http://www.marxismo.org.br/.../nao-existe-onda...
    Guilherme Boulos, do MTST, defende em sua coluna...
    MARXISMO.ORG.BR
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  • Valter Pomar Caio Dezorzi exato, acho que já havia citado o link do texto no meu post, mais acima.
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  • Caio Dezorzi O link estava quebrado... por isso coloquei aqui de novo.
    Mas não concordo em nada com as críticas que vc faz à nossa análise, Valter. Vou entrar no mérito em um artigo. Aqui no facebook fica muito fragmentado.
    Mas, adianto uma questão: Logo após citar
     meu artigo, vc escreve: 

    "como voces não percebem as diferenças no interior da classe trabalhadora, da juventude, das massas, voces tomam a nuvem por Juno, voces acham que estamos perto de um momento em que o PT possa ser ultrapassado pela esquerda. Quando na verdade estamos perto de um momento em que o PT e toda a esquerda pode ser esmagada pela direita."

    Não sei como alguém honestamente pode interpretar a nossa análise como a de quem não percebe "diferenças no interior da classe trabalhadora, da juventude, das massas". O tempo todo falamos dessas diferenças, dos diferentes níveis de consciência de classe e seus reflexões nas ações políticas dos diversos setores da classe trabalhadora e das massas. Aliás, neste artigo que você mesmo citou, Valter, há muito dessa leitura. E, ao contrário da leitura que você nos atribuiu, no início da conclusão do meu artigo (de outubro/2014), ao dizer que não houve um crescimento eleitoral da direita no 1º turno das eleições de 2014, escrevo:

    "Isso quer dizer que é uma guinada à esquerda? Não necessariamente. Mas certamente não é uma guinada à direita. Pelo contrário, Alckmin em SP e o próximo presidente eleito enfrentarão uma forte oposição popular que já os rejeitou nas urnas. Se estes não encontram no PT e em nenhum outro partido o seu representante político, não podemos culpá-los."
  • Caio Dezorzi E reconhecemos plenamente a possibilidade de que a direita possa se beneficiar da atual crise política (apesar de que isso não seja o mais provável, ou de que só o consiga fazer de maneira efêmera), já que temos muito claro que na história revolução e contrarrevolução sempre caminham lado a lado.
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  • Caio Dezorzi Por isso, no mesmo artigo de outubro passado, está escrito:

    "Os que responsabilizam o “atraso das massas” pelo resultado eleitoral, os que dizem que “o povo tem o governo que merece” ou que concluem que o resultado de 5 de outubro é reflexo de um aume
    nto do conservadorismo entre a população, consciente ou inconscientemente estão dando cobertura à direção do PT, que é a verdadeira responsável por seu próprio fracasso e com isso prepara o fortalecimento e a volta da direita mais reacionária nos parlamentos e palácios."
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  • Caio Dezorzi Temos muito claro quem ajuda a direita e quem a combate. Você, Valter, inverte isso. Para você, os grandes colaboradores da direita são os marxistas que decidem deixar o PT. Já a direção do PT, esta, da qual você faz parte, está fazendo o melhor que pode. Para quem?
  • Valter Pomar Caio Dezorzi, não fiz a crítica ao seu texto, mas a crítica ao Riobaldo e aos posts do Alexandre, que na minha opinião não estabelecem nenhuma diferenciação.
  • Valter Pomar Caio Dezorzi, a crítica que fiz ao seu texto não foi não fazer diferenciação, mas (leia lá) ao fosso que nos separa na conclusão do que estava ocorrendo e do que está ocorrendo.
  • Valter Pomar Caio Dezorzi ou seja, a crítica A é para A, a crítica B é para B.
  • Valter Pomar Caio Dezorzi outra coisa: se é verdade que revolução e contrarrevolução sempre andam juntas, daí não se deduz que qualquer resultado seja possível ou provável. Se não vira jogo de dados.
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  • Valter Pomar Caio Dezorzi por outro lado não estamos numa situação revolucionária. E ao contrário do que voce diz, o mais provável HOJE é que a direita se beneficie. Nisto reside o tal FOSSO entre nossas posições.
  • Valter Pomar Caio Dezorzi quanto a quem colabora com a direita, veja bem: longo de mim imputar a voces ou a quem está fora do PT a responsabilidade principal. Responsabilidade principal tem quem tem a força principal, quem tem a maioria, quem tem a hegemonia.
  • Caio Dezorzi Quando você escreve "vocês", "a análise de vocês" entendo que a crítica seja à Esquerda Marxista. O meu texto assim como o dos camaradas Riobaldo e Alexandre, expressam a análise da EM. Eu assino o texto, mas o escrevi após discussão entre camaradas e busquei sintetizar uma análise que não é minha, mas coletiva.
    Mas, independente disso, o debate segue...
  • Valter Pomar Caio Dezorzi portanto, além disso, voces são responsáveis pelos seus atos, não pelos atos dos outros. Minha crítica, portanto, limita-se a isto: o ato de voces (sair do PT) ajuda a direita do PT e ajuda a direita fora do PT. Só isto.
  • Valter Pomar Caio Dezorzi eu não tenho como adivinhar quem é o Riobaldo (aliás, Tartarna ou Tatarana??) nem tenho como saber o que é posição oficial ou individual. Assim, me guio pelo óbvio: texto assinado é de responsabilidade de quem assina, até que me avisem do contrário...
  • Caio Dezorzi Os setores mais importantes da classe trabalhadora não mais reconhecem o PT como seu instrumento de luta. Até eleitoralmente o estão abandonando (ver resultados de 2014). Não é mais possível resgatar o PT, revitalizar o PT para que sirva como instrumento de luta. Isso não estava dado em 2003, nem em 2005. Este processo ganha corpo a partir de junho de 2013 e é atestado pelos resultados eleitorais de outubro de 2014. Daí que o processo de discussão interna de uma corrente política que tem muita juventude, mas também quadros fundadores do PT, tem parlamentares, dirige sindicatos, ocupações, etc. nos levou a tomar a decisão de sair do PT só agora em abril de 2015. Continuaremos defendendo todas as organizações da classe trabalhadora contra os ataques da burguesia e suas instituições (mesmo que estas organizações estejam degeneradas ou condenadas). É uma questão de classe. Mas se o PT não pode ser mais resgatado, o que está em questão agora é: como ajudar a classe trabalhadora a se dotar de um novo instrumento político capaz de organizar sua luta contra a burguesia? Saímos do PT para nos dedicarmos a ajudar a classe trabalhadora nesta nova tarefa. Não vejo como isso possa "ajudar a direita". Pelo contrário, levar combatentes da classe trabalhadora e da juventude a continuar despendendo energias na missão impossível de resgatar o PT hoje é que poderia ser considerado uma ajuda à direita.
  • Valter Pomar Caio Dezorzi por partes: segundo o Alexandre voces faziam entrismo no PT. Logo, a relação de voces com o PT nunca foi igual a minha. Este é o ponto de partida da conversa, do meu ponto de vista.
  • Valter Pomar Caio Dezorzi em segundo lugar, a discussão sobre o Partido é histórica. A classe trabalhadora brasileira construiu vários partidos ao longo de sua história. E a classe dominante operou contra todos. No caso, hoje, a classe dominante está operando para destruir o PT. Sair do PT neste contexto, neste momento, tem um significado muito especial.
  • Valter Pomar Caio Dezorzi em terceiro lugar, nem sempre o partido da classe tem o apoio da maioria da classe. As vezes por erros do partido, as vezes por erros da classe. Portanto, este critério (o apoio da maioria da classe, ou pelo menos de seus setores mais importantes) só pode ser o critério principal NO LONGO PRAZO. Cá entre nós, num partido com 35 anos, adotar como critério principal o que ocorreu nos últimos 2 anos é meio digamos imaturo.
  • Valter Pomar Caio Dezorzi por fim, não acho que os setores mais importantes da classe não mais reconhecem o PT como seu instrumento de luta. Espero que voce DEMONSTRE isto no texto que disse que vai fazer. Abraços

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