terça-feira, 3 de junho de 2014

VIL Fichamento 13

VIL Fichamento 13
V.I.Lenin
Obras completas
Tomo XI (onze)
junho de 1906-janeiro de 1907
Editorial Cartago
Buenos Aires, 1960

En vísperas!
Vacilaciones por arriba, decision por abajo!
Hacia la unidad!
La Duma y el pueblo.

Os artigos iniciais versam sobre a conjuntura. O primeiro foi publicado em Rabotnik. Os demais em Vperiod. Chama a atenção o esforço de unificar a ação do Partido (a pretexto de que a nova situação borra as divergências anteriores).

La lucha por el poder y la "lucha" por limosnas

Vperiod. Por medo do poder popular, a burguesia, ao conseguir a liberdade política, quer manter vestígios do antigo poder (exército permanente, corpo de funcionários não eleitos etc.).

Sobre uma declaração de nossa fração na Duma

Ejo. Ele começa fazendo um giro: "nenhum social-democrata colocará hoje em dúvida que a atuação do nosso partido na Duma pode aportar, nas presentes circunstâncias, não poucos benefícios a causa do proletariado e de todo o povo.

"Lo que hayas de hacer, hazlo pronto!"
Uma polêmica útil
La ayuda a las victmas del hambre y la tactica de la Duma
Negociaciones sobre el gabinete
Ojeando periódicos y revistas
Quienes estan en favor de una alianza con los kadetes?

Todos publicados en Ejo. Nos dois últimos começa a disputa contra o giro dos mencheviques, em favor de uma aliança com os cadetes. "A essência do oportunismo consiste em sacrificar os interesses permanentes e duradouros do proletariado a seus interesses superficiais e momentâneos".

La Duma Kadete ha concedido fondos al gobierno de los pogromistas
Comparsas de los kadetes

Ejo. O segundo comenta as decisões do V Congresso da socialdemocracia polaca, que condena o CC por sua posição sobre a Duma.

De nuevo acerca de un gabinete salido de la Duma

Ejo. A conclusão dos oportunistas é que "no hace falta tener un programa revolucionario, un partido revolucionario ni una tactica revolucionaria. Lo que se necesita son reformas, y asunto concluido. Para que una socialdemocracia revolucionaria? Basta con un partido de reformas democráticas y socialistas. (...) O erro fundamental dos oportunistas é que substitui a "teoria da luta de classes" pela "teoria burguesa do progresso 'solidário', 'social'." (...) Paradoxalmente, a "tática dos reformistas é a que pior garante a implantação de refomras e a realidade destas. (...) Ao fundir nossas próprias consignas com as consignas da burguesia reformistas, "debilitamos a causa da revolução e também, como consequência, a causa das reformas".

Ojeando periodicos y revistas
Falsos razonamientos de boicoteadores 'sin partido'

Ejo. O segundo texto é um tour de force para explicar a tática do boicote e a derrota desta tática. Vale a pena reler. A posição pró-boicote foi moral e politicamente justa. Mas foi derrotada. E foi derrotada em parte porque a classe operária e parcela da social-democracia não boicotaram. Sendo assim, se impôs a "disputa por dentro" da Duma. Outra questão é: podia ter tido êxito o boicote, ou seja, a Duma fracassar? 2) teria sido mais exitosa outra tática. De toda forma, a argumentação dele é fraca. De toda forma, quando ele disputar contra os boicotadores de esquerda (otzovistas, Bogdanov) ele será obrigado a fazer uma "releitura" completa deste período. Num outro artigo, intitulado Ojeando periodicos y revistas, que era uma coluna permanente, publicada no número 11 de Ejo, dia 4 de julho, ele afirmará com muito mais clareza que: a finalidade do boicote era fazer fracassar a convocatória da Duma de Witte, da mesma forma como havíamos feito fracassar a de Bulyguin. Sem ter alcançado sua verdadeira finalidade, ou seja, sua finalidade direta e imediata, o boicote foi indiretamente útil, entre outras coisas porque desviou a atenção do governo. etc etc.

Reprimendas de la burguesia y llamamientos a la lucha del proletariado
Ejercito y pueblo
Ojeando periodicos y revistas
Sobre la organizacion de las masas y la eleccion del momento de la lucha
Valeroso ataque y medrosa defesa
Los partidos de la Duma y el pueblo
Conspiraciones de la reaccion y amenazas de los pogromistas

Ejo. O quarto artigo polemiza contra Jrustaliov, que defendia crear sovietes de deputados operários. O comitê de Petersburgo era contrário, assim como Lenin. 4 de julho de 1906. O sexto artigo comemora o fato de que, apesar dos mencheviques, até agora não se chegou ao bloco com os cadetes. Pelo contrário, o quadro seria socialdemocratas + trudoviques versus direita com cadetes numa atitude "completo titubeio". O sétimo artigo traz uma "bravata" do tipo: "chamais em vuestra ajuda e contra os camponeses e operários russos aos regimentos austríacos e alemães. Nós somos partidários de que a luta se estenda, somos partidários da revolução internacional"

La disolucion de la Duma y las tareas del proletariado

Escrito e publicado em julho de 1906.. Ele considera que a maioria cadete na Duma é a dos êxitos dos partidos situados a esquerda dos cadetes, porque o estado de ânimo do povo está à esquerda da Duma. O que obriga a autocracia a dissolver a Duma. O que faz o povo perceber que a representação popular é nula, se não dispõe de poder real. Ele vai mais longe: diz que a Duma kadete pretendia ser um órgão constitucional, mas de fato foi um órgão revolucionário. Vindo de quem defendia o boicote, isto só faz sentido com base na linha da "oposição extrema", do "dobrar o bastão". Propõe coordenar em uma só torrente três correntes de luta: a sublevação operária, a insurreição camponesa e a "revolta" militar. Critica o fetichismo com que os sovietes começam a ser tratados: eles seriam "insuficientes para organizar diretamente as forças de combate, para organizar a insurreição no sentido mais rigoroso do termo". Diz também que nenhuma organização de partido pode "armar" as massas. Mas a organização destas em pequenos destacamentos de combate pode ser útil quando chegar a hora de obter as armas. E propõe os "grupos de 10" (ver página 121).
O final do texto é dedicado a demarcar com a nova consigna do CC de maioria menchevique (!!): que a Duma convoque uma assembléia constituinte. O que o leva a fazer uma afirmação corretíssima: que os sovietes foram, de fato, um embrião de governo provisório. E que o "centro de gravidade deve deslocar-se, precisamente, em direção ao estudo desses órgãos embrionários do novo poder... hacia el estudio de las condiciones de su actividad y de su êxito".
Um último trecho, essencial: É possível, e talvez seja o mais provável, que esta nova luta [pelo poder] estale tão espontânea e inesperadamente como a anterior; quer dizer, que surja como resultado do caldeamento dos ânimos e de uma explosão inevitável. Se as coisas acontecem assim, se semelhante trajetória de desenvolvimento se perfila como algo inevitável, já não teremos que resolver o problema de fixar o  momento da ação, e nossa tarefa consistirá em decuplicar o trabalho de agitação e de organização em todas as direções apontadas anteriormente. Entretanto, talvez os acontecimentos nos obriguem aos dirigentes a fixar a hora da ação. Se assim for, aconselharíamos que a ação em toda Rússia, a greve e a insurreição, se fixasse para fins do verão ou princiípio do outono, para meados ou fins de agosto. (...) É provável que inclusive o fato de que o governo estivesse informado da data da greve não chegasse a ser demasiado prejudicial; afinal de contas, não se trata de um complot ou de um ataque militar que requer surpresa.

Sobre o envio de uma delegação a Sveaborg

Escrito em julho de 1906, publicado em 1930, decisão do CE do CP de POSDR.

Ante la tormenta
Sobre el boicot

Proletari. No segundo ele discute os ensinamentos dos dois boicotes, questiona a atitude dos que fazem "discursos de arrependimento por haber boicoteado" a Duma de Witte. Como alguns amigos nossos se arrependem de não ter levado o PMDB para o palanque de 1989, numa atitude anacrônica. Ao mesmo tempo, Lenin reconhece que uma vez instalada a Duma, é possível aproveitar o seu funcionamento.

La crisis política y el fracaso de la tactica oportunista

Aqui há uma análise das posições do CC, inclusive uma suposição deste acerca da necessidade de uma ditadura militar em caso de vitória isolada dos sovietes. Mas no fundamental ele mostra como os mencheviques, que eram a favor da oposição extrema, agora discutem um governo provisório... com os cadetes.

Sobre los más recientes acontecimientos

Proletari, este e os próximos. Debate sobre a luta armada etc.

Sobre el congreso obrero

Polemiza com a posição de Axelrod.

Os ensinamentos da insurreição de Moscou

Ensinar para as massas a arte da insurreição, cuja regra principal é a ofensiva. Moscou fez surgir uma nova tática de barricadas. Se aproxima uma grande luta de massas. Esta será a insurreição armada.

Vacilações táticas

Proletari. Analisa o número 6 do periódico lançado por Plejanov.

A política do governo e a luta que se aproxima

Proletari. Faz referência a uma caricatura de Nicolas II publicada num dos periódicos humorísticos publicados pelos socialdemocratas alemães.

Manos afuera!
Sobre las acciones guerrilleras del PSP

Ambos em Proletari. O segundo faz a famosa discussão sobre as expropriações.

 A fusão do Bund com o POSDR

Traz dados interessantes sobre o tamanho do Partido em 1906. Lembrando de uma população total de 140 milhões, temos 33 mil membros do Bund, agrupados em 257 organizações; destes, 23 mil participaram do VII congresso do Bund. Houve 48 votos pela unificação e 20 contra.
O POSDR como um todo passa assim a ter 100 mil integrantes, sendo 33 mil judeus, 31 mil "russos", 26 mil polacos e 14 mil letões.

Mencheviques eseristas

Artigo sobre a composição interna dos SR, e suas três tendências: maximalista, social-revolucionária de velho tipo e a direita oportunista (socialistas populares do trabalho). É esta última analisada no artigo.
No meio, Lenin explica que a política socialdemocrata é "ajudar os pequenos proprietários a sacudir o jugo dos latifundiários feudais pela via revolucionária, assinalar para eles quais são as condições em que pode efetuar-se a nacionalização da terra como o melhor regime agrário possivel sob o capitalismo e, finalmente, esclarecer a diferença entre os interesses do proletário e os do pequeno proprietário".

Se prepara um novo golpe de Estado!
A guerra de guerrilhas

Ambos os textos publicados em Proletari. No segundo texto, página 209, ele relaciona o desenvolvimento histórico das "formas de luta" na revolução russa: greves econômicas dos operários (1896-1900), manifestações políticas de operários e estudantes (1901-1902), motins camponeses (1902), começo das greves políticas de massa combinadas de diversos modos com manifestações (1902, 1903, 9 de janeiro de 1905), greve política de toda Rússia, com casos locais de lutas de barricada (outubro de 1905), combates de massa nas barricadas e insurreição armada (1905, dezembro), luta pacífica parlamentar (abril-junho 1906), insurreições militares parciais (junho de 1905 a junho de 1906), insurreições parciais dos camponeses (outono de 1905 a outono de 1906).
No ponto III, tem uma passagem digamos pitoresca: o POSDR letão (seção do POSDR) edita regularmente um jornal de 30 mil exemplares. Nele, tem uma seção com uma lista de informantes da polícia, cuja supressão constitui um dever de toda pessoa honrada. Noutra seção, tem o relatório financeiro do Partido, no qual 5.600 rublos de um total de 48 mil rublos são provenientes de expropriações!!!
Questiona os que acusam a guerrilha como responsável pela desorganização do movimento.
Ele explica a luta guerrilheira (no caso concreto em análise) como uma forma de luta inevitável num momento em que o movimento de massas já chegou ao estágio da insurreição, mas quando se abrem "espaços mais ou menos grandes" entre as "grandes batalhas" da guerra civil. (213)
O trecho a seguir é essencial: "Se diz que a luta de guerrilhas aproxima o proletariado consciente dos bêbados degenerados e dos desclasados. E isto é verdade. Porém o único que disto se desprende é que o partido do proletariado não deve nunca considerar a guerra de guerrilhas como o único, nem sequer como o fundamental meio de luta, senão que debe subeditarse a otros, deve guardar a necessária proporção com os principais meios de luta, deve ser enobrecido pela influência educadora e organizadora do socialismo. Sem esta última condição, todos, absolutamente todos os meios de luta na sociedade burguesa aproximarão o proletariado a diferentes camadas não proletárias situadas acima ou abaixo dele e, abandonado ao curso espontâneo das coisas, descenderá, se denegerará, se prostituirá. As greves, se se abandonam ao curso natural das coisas, se convertem em alianças, em convenios entre operários e patrões contra os consumidores. O parlamento se converte num bordel, onde uma quadrilha de politiqueiros burgueses no atacado e no varejo comercializam com a "liberdade do povo", o "liberalismo", a "democracia", o "republicanismo", o anticlericalismo, o socialismo e demais mercadorias em uso. Os periódicos se convertem em alcaguetes acessíveis a todos, em instrumentos de corrupção das massas, de burda adulação dos baixos instintos de matilha etc.
Na nota de rodapé da página 216, as condições que os bolcheviques estabeleciam para considerar justas as expropriações.
Outro trecho essencial: cita Kautsky, que em 1902 afirmou que a revolução socialista (talvez com exceção da Rússia) seria não tanto a luta do povo contra o governo, mas a luta entre duas partes do povo. E Lenin agrega: é completamente natural e inevitável que a insurreição assuma as formas mais elevadas e complicadas de uma longa guerra civil, extensiva a todo o país, quer dizer, uma luta armada entre duas partes do povo. [Ao que podemos acrescentar: tal e qual ocorrerá entre 1918-1921]

Sobre a questão da guerra de guerrilhas
Ensayo de clasificacion de los partidos políticos rusos

Proletari. No segundo, cinco tipos fundamentais de partidos: centurionegristas, outubristas, kadetes, trudoviques, socialdemocratas.

Notas a propósito do número 1 de Sotsial-Demokrat

O partido da classe operária deve saber exatamente como estão formadas suas "frações" e qual é sua força. E analisa as afirmações do editorial de SD acerca do equilíbrio entre mencheviques e bolcheviques.

Um radical ruso muy listo, que se entera de las cosas despues de verlas

Viéstnik Zhisni. O oportunista não trai seu partido nem se separada dele. Segue servindo-o, sincera e zelosamente. Porém seu traço típico e característico é seu espírito acomodaticio para plegarse a last tendencias do momento, sua incapacidade para enfrentar-se as correntes da moda, sua miopia política y su blandura de carácter. Oportunismo é sacrificar os interesses permanentes e essenciais do partido em aras de seus interesses momentâneos, transitórios e secundários.

Sobre os resultados do congresso Kadete
El filisteismo en los medios revolucionarios.

Ambos em Proletari. Por qual motivo um menchevique se converte num liberal? "As causas desta metamorfose incrivelmente rápida". A disputa contra o partido obrero legal, contra as posições de Axelrod.

Martov y Cherevanin colaboradores da prensa burguesa

Folheto. "Não é admissível que um sociademocrata colabore em periódicos burgueses". Ao mesmo tempo "não há regra sem exceção. Não se pode condenar um camarada que, vivendo no desterro, se dirija a qualquer periódico. As vezes, resulta difícil condenar um socialdemocrata que, para ganhar a vida, colabora em qualquer seção secundária de um periódico burguês".etc  Mas no caso em tela...

Sobre a convocatória de um congresso extraordinário do Partido

Plekhanov e Martov contra. O CC e o OC representam a vontade de 18 mil membros. Mas além de 13 mil bolcheviques, há 14 mil letões, 26 mil polacos e 33 mil bundistas.

Asi se escribe la historia

Polêmica sobre a história do boicote a Duma do Estado. Mas na verdade a discussão sobre a tática na nova eleição. Para Lenin, o boicote segue sendo uma questão de conveniente. E, no momento, não crê haver razões suficientes em apoio a um boicote.

Postscriptum al articulo La socialdemocracia y la campaña electoral

Disputa entre Martov y Plejanov sobre a tática.

La socialdemocracia y los pactos electorales
Voto particular presentado en la conferencia del POSDR em nome dos delegados de toda Rússia del POSDR em nome dos delegados de la SD de Polonia, Lituania, São Petersburgo, Moscou, Zona industrial do centrl e região do Volga

O primeiro é um folheto publicado pela editora Vperiod. Análise das alianças eleitorais, defesa de candidaturas próprias nas curias obreras, defesa de acordo com camponeses, crítica a exacerbação do perigo eleitoral das centúrias negras. E critica o jornal SD do CC por defender alianças já na primeira fase das eleições, inclusive com partidos burgueses.

Projeto de llamamiento a los electores

A liberdade como necessária para a luta pela emancipação total do trabalho, para acabar com a exploração, para organizar a sociedade sob bases socialistas.
O poder dos trabalhadores acabará com toda opressão .... de um sexo sobre outro (301).

Sobre os blocos com os kadetes

Na conferência, mencheviques + Bund aprovaram resolução considerando "admissíveis os blocos com os cadetes". Entregam aos cadetes a hegemonia na luta pela democracia.

A luta contra os socialdemocratas kadetizantes e a disciplina de Partido

Foi publicado em Proletari. Vale a pena ser lido integralmente. Explica aos bolcheviques como proceder frente as resoluções da conferência (18 maioria-mencheviques e 14 minoria-bolcheviques). Pede que se obedeça à disciplina das organizações locais, decidam o que decidirem.

Como mantém a campanha eleitoral os socialdemocratas de Armavir
Em quem se deve votar para a Duma do Estado

Proletari, ambos. O segundo é um folheto didático, voltado aos operários eleitores de São Petersburgo.

Uma nova declaração senatorial

Proletari. Ridicularizando Plejanov.

A crise do menchevismo

Em Proletari. Analisa as posições de Larin, um menchevique que fala abertamente demais... Interessa a análise que Lenin faz, especialmente sua opinião de que algumas coisas, "só a experiência poderá responder" (344), cabendo ao proletariado seguir no rumo certo e esgotar todas as possibilidades.
Também atenção para sua crítica à tese da "revolução passiva" (346).
E atenção para o seguinte: "se no exército vai crescendo o elemento camponês descontente e se a revolução em geral avança, será inevitável uma insurreição sob a forma da luta mais dura (....) uma luta tanto do povo como de parte do exército".
Mais ainda, criticando Larin: "o contraste entre as expressões da barbárie russa e os planos europeus lhe entusiasma como um brinquedo novo entusiasma uma criança" (...) somente graças as "explosões" do povo há em nosso país, pelo menos, uma sobra de liberdade". (350)
De como os marxistas devem ser "os últimos" a abandonar o caminho da luta revolucionária, quando não reste sombra de chance de êxito. (352)
Sobre a juventude, citando Engels: acaso não é natural que em nosso partido, no partido da revolução, predominem os jovens? Somos o partido do futuro e o futuro pertence a juventude. Somos o partido dos inovadores e é a estes a quem a juventude segue de preferência. Somos o partido da luta abnegada contra a velha podridão, e a suventude é sempre a primeira disposta a lutar até o sacrifício.
E, finalmente, pois quem busca acha, ele diz a Larin: o que voce necessita não é um partido de vanguarda, mas sim um partido de retaguarda, mais torpe y más pesado. (356)
Neste texto há dados sobre o tamanho do Partido. e da classe operária. Contra a "rotina", Lênin defende a ampliação do Partido.
Outra passagem: Algumas pessoas voltaram as costas ao bolchevismo e outras o farão, sem dúvida, poré em nossas fileiras não pode haver crise. Não em vão declaramos desde o princípio (ver Um passo adiante, dois passos para trás) que nós não nos propunhamos criar uma tendência "bolchevique" especial, mas sim que nos limitávamos a defender sempre e em todas as partes o ponto de vista da social-democracia revolucionária. E na socialdemocracia haverá, inevitavelmente, até chegar a revolução social, uma ala oportunista e outra revolucionária.

O proletariado e seu aliado na revolução russa

Proletari. Se o ponto de partida são os interesses das massas, então o ponto angular da revolução russa será a questão agrária (a questão da terra). Citando Kautsky, ele afirma que sem a dissolução do exército permanente... confiscação do patrimônio da família zarista e dos conventos, sem a bancarrota do Estado, sem a confiscação dos monopólios (ferrocarriles, reservas de petróleo, minas, plantas siderúrgicas etc.) será impossível reunir as grandes somas que a agricultura russa necessita, se se quiser retirá-la de seu espantoso estado de prostração.
Em seguida, ele cita a resposta que Kautsky deu ao questionário enviado por Plejanov: "1) A revolução russa é uma revolução burguesa ou uma revolução socialista?" Resposta de K: "Não se deve colocar assim o problema. Isto é um velho padrão. A revolução russa não é, naturalmente, uma revolução socialista. Não pode nem falar-se de uma ditadura socialista do proletariado (do "poder exclusivo" desta classe). Porém não é tampouco uma revolução burguesa, pois "a burguesia não se conta entre as forças propulsoras do atual movimento revolucionário, na Rússia". Ali onde o proletariado atua por sua conta, deixa a burguesia de ser uma força revolucionária" (373)

Acerca de um artigo publicado no órgão do Bund

O problema dos kadetes não é ser burgueses, é ser charlatões.
Lutar contra a reação significa, antes de tudo, arrancar as massas da influência ideológica da reação. Por isto é preciso acabar com a influência kadete e da ideologia kadete.

O falseamiento de la Duma por el gobierno y las tareas de la sociademocracia

Proletari, dezembro de 1906. A política do practicismo sin principios es la menos práctica de todas las políticas.

La situacion política y las tareas de la classe obrera
No semanário Tiernii Trudá

Las tareas del partido obrero y del campesinado
Escrito em 1906, publicado em 1935.

Prólogo a edição russa do folheto de G.Liebknecht Nada de compromissos, nada de pactos eleitorais

Cita L: "A política prática nos obrigou a fazer concessões as instituições da sociedade em que vivemos; porém cada passo que tinhamos que dar pelo caminho das concessões à ordem social estabelecida nos custava muito e era dado com com grande cautela. Não faltou quem nos gozasse por isto. Porém quem tem medo de dar um passo em terreno escorregadio é, desde logo, um camarada mais confiável do quem ridiculariza os cautelosos".

Prólogo a edição russa do folheto de KK Forças motrizes e perspectivas da revolução russa

O conjunto merecer ser relido. Lênin elogia o método de argumentação de KK. A revolução burguesa é levada a cabo pelo proletariado e pelos camponeses, apesar da inconstância da burguesia: eis aqui a tese fundamental da tática bolchevique, integralmente confirmada por K.
Onde está escrito tática, traduzir para estratégia, pois é este o significado atual que conferimos ao uso dado por Lenin.
K diz que "não é possível lutar vitoriosamente se de antemão se renuncia a vitória".
A necessidade das "autoridades" para a classe operária, mas sempre considerando que a maior autoridade seja o "espírito coletivo dos operários avanzados e conscientes de cada país". (417)

Qual é a atitude dos partidos burgueses e do partido operário diante das eleições à Duma?
Semanário Tiernii Trudá

Plejanov y Vasiliev

Critica a proposta de Plejanov, de aliança com os kadetes, e vincula isto a afirmação de Struve, segundo a qual "todos os atuais adversários dos kadetes serão kadetes eles mesmos, não tardando". E o genial é que Struve diz o seguinte: Os únicos que se mantém incorregíveis parecem ser os bolcheviques, razão pela qual estão destinados a ir parar em um museu de história". Ao que Lenin responde que agradece o elogio do torpe senhor Struve e diz assim: "Sim, passaremos a um museu de história, que ostentará o nome de "história da revolução russa". E depois de algumas linhas explicando isto, conclui o artigo dizendo que sob a hegemonia dos kadetes, a revolução só poder comer pó. Se há de triunfar, terá que ser sob a hegemonia da socialdemocracia bolchevique."
Publicado no número 11 de Proletari, em 7 de janeiro de 1907. Struve falou aquilo numa assembléia e seu discurso foi transcrito em Továrisch de 28 de dezembro.

A campanha eleitoral do partido operário em Petersburgo
Prostie Riechi


A socialdemocracia e as eleições a Duma

Publicado em 1907, num folheto.
A maior parte do texto é dedicada a analisar a composição e a luta ocorrida durante a conferência da organização socaldemocrata de Petersburgo, da qual os mencheviques retiraram-se, depois que não conseguiram fazer prevalecer a tese de dividir a organização em duas partes, numa das quais eles teriam maioria para aprovar a aliança com os kadetes.
Na parte digamos de mérito, tem uma passagem interessante: "É um fato que a política dos burgueses liberais e dos socialdemocratas oportunistas é, em todos os países constitucionais, assim e não de outro jeito. Os operários russos devem aprender a conhecer esta política, se não querem ver-se facilmente enganados. Já dizia Chernichevsky que quem não queira manchar as mãos não deve meter-se em política. Quem participe nas eleições e tema manchar as mãos se descobre a sujeira da politicagem burguesa, o melhor que pode fazer é cair fora deste meio. Em política, os estetas simplistas, com seu medo a olhar as coisas cara a cara, só causam danos". (454-455)

Palavras finais

Comenta a criação de uma organização a parte dos mencheviques em SPeter e os efeitos eleitorais disto.

"Oiras el juicio del necio"... (De las notas deun publicista socialdemocrata)

Publicado como folheto. Analisa o impacto da postura menchevique.
Tem uma genial caracterização da mentalidade do intelectual russo: "Na hora de falar é um radical atrevido, na hora de agir se converte num funcionário medroso"... "o funcionário russo (radical aos 20, liberal aos 30 e aos 40 pura e simplesmente um funcionário) está acostumado a comportar-se como liberal entre as quatro paredes de seu quarto" (468)
"Quem se limita a defensiva se confessa já moralmente derrotado" (470)
Usar as eleições para que a massa veja qual a verdadeira natureza dos partidos.




Nenhum comentário:

Postar um comentário