sexta-feira, 22 de março de 2013

Entrevista ao site do PT Nacional


1 – O Grupo de Trabalho do Foro de São Paulo reuniu-se no dia 17 deste mês. Um dos temas discutidos na reunião foi a Venezuela que terá eleições presidenciais em abril. Quais foram os encaminhamento do GT ?

Decidimos retomar a campanha em solidariedade a Venezuela. Faremos uma reunião extraordinária do Grupo de Trabalho em Caracas, para manifestar nosso apoio à candidatura presidencial de Nicolás Maduro. E estamos estimulando que em todos os países, ocorram atividades similares, bem como declarações de apoio de partidos, movimentos sociais e personalidades. E estamos estimulando a que todos acompanhem o processo eleitoral, através de observadores ou fazendo vigílias em seu próprio país, no dia da votação. Queremos que o processo de mudanças iniciada em 1999, com a posse de Hugo Chávez tenha continuidade e para isso Maduro deve vencer as eleições de 14 de abril. 

2 -  O Paraguai também é outro país do nosso continente com eleições em abril próximo. Alguma orientação especial para o acompanhamento da situação lá?

As eleições no Paraguai serão no dia 21 de abril. Embora as pesquisas não sejam confiáveis, o mais provável é que vença o candidato do Partido Colorado, entre outras razões porque as forças de centro-esquerda que apoiaram a eleição de Lugo hoje estão divididas. Passada a eleição, caso o prognóstico se confirme, teremos que ver em que bases conviver com o novo governo. E conversar com os partidos amigos, para ver em que podemos ajudar.

  
3 – E sobre as negociações de paz na Colômbia entre o governo e as Farc foi tirada alguma decisão?

A posição do Foro, desde sempre, é a favor da paz. Esperamos, portanto, que as negociações em curso na cidade de Havana tenham sucesso. Isso supõe, entre outras coisas, que as partes não tentem conseguir, na negociação, aquilo que não conseguiram guerreando: as FARC não conseguiram tomar o poder, o governo não conseguiu destruir as FARC. Supõe, também, isolar o setor mais direitista da sociedade colombiana, cujo porta-voz é o ex-presidente Uribe. Este setor quer dar continuidade à guerra. Supõe, ainda, que haja pressão nacional e internacional em favor da paz; pensando nisto, convocamos para o dia 8 de abril, em Bogotá, uma modesta atividade do Foro de São Paulo, onde vamos intercambiar com diferentes forças políticas acerca do tema.

4 – Fale um pouco sobre os cursos de formação política do Foro de São Paulo.

O sucesso da esquerda latinoamericana e caribenha passa pela integração. E a integração exige a criação de uma cultura política de massas, integracionista, democrática e popular. E para que esta cultura surja, é preciso entre várias outras coisas um potente pensamento de esquerda. E este pensamento supõe interpretação das novas realidades e formação política das novas gerações, em bases regionais, não apenas nacionais. Por isto temos estimulado o diálogo entre as escolas, os centros de formação e as fundações dos partidos que compõem o Foro de São Paulo. E deste diálogo surgiu o curso de formação realizado no México, nos dias 18 e 19 de março; e também o curso que vamos realizar em São Paulo, nos dias 29 e 30 de julho, sempre tendo como eixo temático a integração.

5 – O Brasil vai sediar em julho o XIX Encontro do Foro. O que foi definido nesta reunião do sobre esse grande evento?

Definimos o tema, a saber: aprofundar as mudanças e acelerar a integração. Definimos a data: de 31 de julho a 4 de agosto. Definimos o local: na cidade de São Paulo. Definimos a programação, que inclui cinco grandes encontros: de mulheres, de juventudes, de afrodescendentes, de parlamentares, de autoridades locais e subnacionais; inclui sete grandes seminários: sobre África, sobre Oriente Médio, sobre Europa, sobre Estados Unidos, sobre os Brics, sobre os governos progressistas e de esquerda, e sobre a experiência do governo Hugo Chavez; inclui mais de 20 oficinas, sobre variados temas; além das atividades do Foro estrito senso, como as plenárias e reuniões regionais. Proximamente vamos divulgar a programação completa, divulgar o documento base e começar a fazer as inscrições de quem deseja participar.

6 – Como será a participação do Foro de São Paulo no Fórum Social Mundial que ocorrerá na Tunísia este ano?

Faremos dois seminários, graças a cooperação da Fundação Perseu Abramo e da Fundação Maurício Grabois, com o objetivo de intercambiar pontos de vista e combinar ações comuns, principalmente entre as esquerdas da África e da América Latina e Caribe.

7-  Este ano será promovido, em Havana (Cuba), o Encontro de Petistas e Núcleos do PT no exterior. A programação já está definida?

O Encontro de Petistas e Núcleos do PT no exterior será realizado nos dias 27 e 28 de abril. Teremos três grandes assuntos: Cuba, a conjuntura e a ação dos petistas no exterior. Quanto a Cuba, o objetivo é receber informações sobre o processo de reformas que está em curso. Sobre a conjuntura, a idéia é debater os temas abordados na convocatória do Quinto Congresso do Partido. E quanto ao último ponto, pretendemos retomar temas que já foram objeto de discussão noutros encontros, especialmente a defesa dos direitos econômicos, sociais e políticos dos migrantes brasileiros. O EPTEX vai coincidir com a presença, em Cuba, de uma delegação encabeçada pelo presidente do PT, Rui Falcão.

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